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Torta americana de maçã para esquentar e fazer feliz

2 jun

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(a foto foi tirada no final da tarde, com chuva…iluminação ruim…pena…ao vivo estava espetacular!)

Torta de maçã… uma paixão antiga, desde a infância quando lia histórias em quadrinhos do Pato Donald. A Vovó Donalda fazia aquelas maravilhosas tortas e as colocava fumegantes na janela da casa para esfriarem e sempre havia algum espertinho de olho para aproveitar a deixa e “nhac”. Provavelmente uma grande maioria dos leitores e amigos do blog desconhecem do que estou falando…mas meus amigos do século passado me entendem….

Daí conheci uma torta especialíssima feita pela tia Graciana, normalmente para acompanhar um frango ou pato assado…perfeição! Mas essa é segredo de família…

E depois conheci a verdadeira torta americana, na fonte…maravilha! Lembro-me de um passeio que fiz pelas terras Yankes quando visitei uma pequena cidade na Califórnia e tomei um café com torta de maçã quentinha e sorvete de canela….hummmmmmmm! As memórias gastronômicas ficam para sempre!

Esta receita me cativou na hora em que vi a foto dessa torta no blog da Paula!!!! Separei para testar e aí veio este final de semana de feriado, com friozinho…achei que era o momento perfeito! E que perfeição…acabou num piscar de olhos!

Fiz exatamente como ela ensina, só que usei maçãs Fuji e fatiadas bem fininho, apenas por gosto pessoal. Cheguei a cogitar usar um tempero que tenho e gosto chamado “Four Spices”, mas consegui resistir à minha mania de mudar as receitas na primeira vez em que faço, e aí ficou como ela descreve.

Na cobertura da torta resolvi fazer uma treliça com a massa para dar um toque e achei que ficou super bonita, modéstia à parte.

Para ser feita muitas e muitas vezes…acompanhada de um sorvete de canela (que ainda vou experimentar fazer), de creme, de chocolate e sem sorvete…deliciosa!

Segue a receita tal como a Paula postou, fiz algumas anotações pessoais!

Torta americana de maçã da vovó (receita daqui)

xícara 240ml

*Massa Brisée

(essa massa é um espetáculo! Acho que irei adotá-la….)

· 2 1/2 xícaras de farinha de trigo

· 1 colher de sopa de açúcar

· 1 colher de chá de sal

· 200g de manteiga gelada, cortada em pedacinhos (sem sal)

· 1/4 de xícara de água bem gelada (deixe um pouquinho a mais reservado, se precisar)

* Para o recheio

· 8 maçãs médias ácidas (usei Fuji) descascadas, sem o miolo e cortadas em fatias finas

· 1/4 de xícara de açúcar cristal

· 1 colher de chá de canela em pó

· noz moscada a gosto (opcional) – eu usei e ficou muito bom!

· 1 colher de sopa de suco de limão

· 1 colher de sopa de maizena

· 30g de manteiga cortada em pedacinhos (xi, esqueci!)

Para pincelar

· 1 gema, misturada com 1 colher de sopa de creme de leite (usei leite mesmo)

· açúcar cristal para polvilhar

Massa: No processador, pulse juntos a farinha, açúcar e sal para misturar. Junte os pedacinhos de manteiga gelada, e pulse algumas vezes para obter uma farofa grossa, com pedaços de manteiga maiores (os maiores devem ter o tamanho de ervilhas).  Com o processador ligado, junte a água gelada até a massa se juntar ligeiramente.

Passe para uma superfície de trabalho polvilhada com farinha de trigo e junte delicadamente a massa (vai estar um pouco seca e quebradiça, mas apertando um pouco ela se junta) formando uma bola. Se estiver ainda muito seca e não der pra juntar, espirre um pouquinho mais de água. (*Eu não tive grandes dificuldades…não usei mais água, a massa chegou junto direitinho!)Essa massa não deve ser amassada nem trabalhada em excesso, senão fica dura. Divida em duas partes e embrulhe em plástico. Deixe descansar na geladeira por 30 minutos. Reserve.

Numa tigela grande, misture as maçãs, açúcar, canela, noz moscada, suco de limão e a maizena com as mãos. Reserve na geladeira enquanto abre a massa.

Separe uma forma para tortas de vidro refratário redonda de 20cm.

Numa superfície de trabalho polvilhada com farinha de trigo, abra um dos discos de massa com o rolo e estique o suficiente para cobrir o fundo e laterais da forma. Ajeite com as mãos – se quebrar é só pressionar para remendar.

Corte a sobra de massa com uma faca ou tesoura e leve a forma forrada de massa ao freezer por 10 minutos.

*Prepare a tampa da torta: abra o segundo disco de massa. Coloque o recheio de maçãs sobre o fundo já preparado, formando um monte alto no centro e distribua os pedacinhos de manteiga por cima. Coloque o disco de massa da tampa sobre o recheio pressionando levemente,  sele as laterais com um garfo ou apertando com os dedos para formar um desenho bonitinho. (Eu fiz uma treliça com faixas de massa, coloquei as faixas de massa presas num lado, depois fui trançando as outras e colei nas bordas). Faça três furos com uma faca no topo da torta para escapar o vapor. Leve ao freezer por 20 minutos, enquanto aquece o forno a 200 graus. (Meu forno já estava quente, um pão havia acabado de ser assado. Pulei essa etapa do freezer por 20 minutos).

Coloque a torta sobre uma assadeira forrada com papel manteiga (dá menos trabalho pra lavar depois). Pincele com a mistura de gema e creme de leite (usei leite integral) e polvilhe com bastante açúcar cristal.

Asse por 20 minutos, até começas a dourar. Reduza o forno para 180 graus e asse por mais uns 40 minutos, até estar bem dourada. Deixe amornar e sirva – a torta é melhor consumida no mesmo dia em que foi feita, porque o recheio começa a amolecer a massa.

No dia seguinte o recheio endurece mais, fica mais fácil e bonito de servir, se sobrar para o dia seguinte…

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Pastiera di Grano, antes, durante e depois da Páscoa…

24 abr

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Uns dias antes da Páscoa meus pais ganharam um pedaço de uma Pastiera di Grano, uma torta preparada na Páscoa, típica de Nápoles, Itália. Experimentei e adorei! Já tinha ouvido e lido a respeito mas a torta me parecia muito elaborada e ainda não tinha me animado a testar alguma receita.

Depois de provar a torta eu e minha mãe ficamos encantadas e passamos um bom tempo confabulando sobre sua origem, ingredientes, etc… Acabei me encantando pela receita da Carla Maicá, do maravilhoso blog  Cucina Artusiana, que me pareceu perfeita. Fiz duas alterações, usei casquinhas de mexerica cristalizadas no recheio e tive que tirar um pouco do trigo para caber na minha forma. 

A torta exige preparação, então não dá para fazer de última hora, mas é tranquilo.  Recomendo muito!!! Experimentem essa maravilha! E não só para comer na Páscoa…

Tradicionalmente preparada pelas donas de casa napolitanas para presentear os amigos e familiares na Páscoa, essa torta celebra a chegada da primavera e apesar de rústica  é saborosa e muito especial.

Quer saber mais sobre esse doce, leia aqui.

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Pastiera di Grano – Torta Napolitana de Páscoa (receita bem pouco adaptada do Cucina Artusiana)

Ingredientes
Trigo
250 gramas de trigo integral (em grãos) deixados de molho por 3 dias
01 litro de leite integral
Massa
250 gramas de farinha de trigo
02 gemas
75 gramas de açúcar
60 gramas manteiga sem sal
½ xícara de água fria
½ colher (sopa) de canela em pó
Creme
02 gemas
75 gramas de açúcar
250 ml de leite integral – Use o leite que foi cozido o trigo
35 gramas de farinha de trigo
Casca ralada de 01 limão
01 colher (chá) de essência de baunilha
Ricota
500 gramas de ricota fresca sem sal
03 ovos inteiros
03 gemas
400 gramas de açúcar
01 colher (chá) de canela em pó
01 colher (sopa) de Cointreau (licor de laranja)
01 colher (sopa) de essência de baunilha
Açúcar de confeiteiro para polvilhar                                   
2 colheres de casquinhas de mexerica cristalizadas (em pedacinhos)


Preparo

Cozinhe o trigo em água nova por 40 minutos. Escorra, junte o leite e leve ao fogo baixo, mexa algumas vezes para não grudar no fundo da panela. Cozinhe até ficar macio, aproximadamente 1 hora. Retire metade do leite do cozimento e utilize este leite retirado para fazer o creme.

Bata todos os ingredientes da massa no processador até obter um composto homogêneo. Faça uma bola com a massa, enrole com filme PVC e leve ao refrigerador por 40 minutos. Passado este tempo abra a massa com espessura de 2 centímetros e coloque sobre o fundo e bordas de uma forma de 25 centímetros com aro removível. Leve novamente ao refrigerador até a hora da montagem.

Para o creme bata bem as gemas com o açúcar. Acrescente o leite e a farinha de trigo. Misture bem, leve ao fogo baixo, junte a casca de limão e mexa até começar a engrossar. Adicione a baunilha e passe por uma peneira.

Amasse a ricota e reserve. Bata os ovos e as gemas e o açúcar. Junte a ricota e misture. Acrescente os outros ingredientes e misture bem.

Pré aqueça o forno a 180º C.

Em uma tigela grande coloque o creme de ricota, o trigo e o creme. Misture bem e despeje sobre a massa. Asse por aproximadamente 02 horas, até a superfície dourar. Desligue o forno e deixe a torta esfriar lá dentro. Sirva em temperatura ambiente polvilhada com açúcar de confeiteiro.

Observação do Mangia: minha forma de fundo falso não é muito alta, então tive que tirar 1 1/2 xícaras do trigo já cozido na hora de misturar com os outros ingredientes para assar…ou não caberia na forma. Usei para fazer pão.

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Lemon Bars

9 mar

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Os limões galegos estavam lindos e super perfumados e fiquei com uma vontade de fazer uma torta ou algo parecido com eles…acabei achando esta receita, que ficou uma delícia! Com limão siciliano ou meyer deve ficar muito saborosa também!

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Uma palavra sobre como são conhecidos os limões por aqui pelo nosso país…o Tahiti acho que é o mais conhecido, o Siciliano, Cravo ou Rosa. Mas dependendo de onde estejamos o nome pode mudar. Este da foto acima eu sempre conheci como Galego, desde pequena é assim que minha família chama. Mas na internet há vários sites que chamam o limão cravo de galego… Achei algumas informações e fotos aqui e aqui . Além da ótima foto e explicações da maravilhosa Neide Rigo do Come-se.

Minha tia Yvonne morou numa casa com um pé desse limão…era uma festa para os olhos e olfato! Lindos e perfumados! Adorávamos a limonada feita com ele! Mas não era fácil de achar, e acho que ainda hoje vai depender muito do estado em que você mora se nas feiras irá encontrá-lo. No supermercado nunca vi.

As barrinhas de limão ficaram um espetáculo, crocantes na parte de baixo e cremosas no meio…com uma delicada chuva de açúcar de confeiteiro por cima! Sou uma amante dos cítricos então essa receita é uma descoberta! Delícia!

Ah, só uma dica, nesse blog há várias dicas com relação aos tamanhos de formas em polegadas e sua correspondência em centímetros, temperaturas e volume das formas e outras informações super úteis para quem gosta de procurar receitas em blogs e sites gringos que usam outro sistema de medidas como o americano, inglês…

A receita veio da Bakerella, uma fonte inesgotável de inspiração gastronômica. A tradução livre é minha…

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Lemon Bars

xícara 240ml

Massa: 1 xícara de manteiga gelada sem sal

         1 3/4 xícara de farinha de trigo

         2/3 xícara de açúcar de confeiteiro (*eu não tinha, bati o açúcar refinado no liquidificador e usei)

Recheio: 1 1/2 xícara de açúcar refinado

          1/4 xícara de farinha de trigo

          1 colher (chá) de fermento em pó

          4 ovos inteiros, ligeiramente batidos

          1/2 xícara de suco de limão galego

Pré-aqueça o forno a 180ºC. Unte e enfarinhe uma forma retangular de 23 x 32,5 cm.

Para fazer a massa: numa tigela média misture a farinha de trigo e o açúcar de confeiteiro. Acrescente a manteiga em quadradinhos e vá misturando com duas facas ou a ponta dos dedos até que a mistura fique homogênea e a textura seja como migalhas grandes.  Acomode a massa no fundo da forma. Asse por 20 minutos ou até começar a dourar.

Recheio: enquanto a massa está no forno prepare o recheio.  Numa tigela grande coloque o açúcar, farinha de trigo e o fermento, misture.  Aos poucos acrescente os ovos ligeiramente batidos e o suco de limão.  Mexa bem e coloque sobre a massa já assada ainda quente.  Asse por mais 20/25 minutos.

Espere esfriar e corte em quadrados. Polvilhe açúcar de confeiteiro e sirva!

A receita recomenda servir gelado…mas eu prefiro na temperatura ambiente!

Total citrus love!

PS: para outras maravilhas de limão que já deram pinta por aqui veja este link e este.

Torta deliciosa de figos frescos

2 mar

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Adoro frutas com raríssimas exceções, e estou sempre procurando novas formas de cozinhar meus objetos de “gastro-felicidade”! Nem sempre foi assim, lembro-me que quando era pequena gostava de maçãs, mangas, morangos, goiabas, melancias, uvas, abacaxis, melões, cerejas, laranjas e cítricos em geral, mas não me aventurava muito em experimentar outras frutas… (vamos combinar que eu até que gostava de bastante fruta, não?)

Fruta do conde, essa eu amava e tinha em casa…mas lichias, kiwis, phisallis, nem tinha ouvido falar… Os figos eram um capítulo à parte. Minha avó e minha mãe sempre fizeram doce de frutas em casa, era pessegada, mangada, doce de orelha (goiaba), doce de laranja, e doce de figo…mas eu como a maioria das crianças nem passava perto, eu, hein? Isso era doce mesmo? Para meu seletíssimo paladar infantil, doce era chocolate, sorvete, bolo, pé de moleque, bala…doces de “gente grande” nem passavam perto… Aí eu cresci e vi que perdi tanta coisa boa. A gente vai melhorando com o tempo, não é? Então….dentre muitas novas opções que me foram apresentadas, me apaixonei pelos figos…crus, assados, secos, em calda, tipo Ramy, geleia de figo e sorvete de figo? Hummmm!

Essa receita foi inspirada em várias receitas aprovadas, minha mãe foi procurar uma receita de bolo ou torta de figo e acabou por inventar outra, que a meu gosto ficou divina!!! Juntou a delícia da Tarte Tatin, um pouco da receita do Bolo Turco de Figos da Ameixinha e também algo da “nossa” torta de Banana Caramelada.

Torta deliciosa de figos frescos

(xícara 240ml)

Caramelo:

1 xícara de açúcar

2/3 xícara de água

Massa:

1oog manteiga sem sal em temperatura ambiente

1 ovo em temperatura ambiente

1 xícara de açúcar

1 1/2 xícara de farinha de trigo

uma pitada de sal

1 colher (chá) de fermento em pó

2 colheres de iogurte natural

Cobertura:

figos frescos sem o cabinho e cortados ao meio

Modo de fazer:

  1. Unte uma forma (fundo e laterais) com manteiga (sem sal) e farinha de trigo. Reserve.
  2. Numa panela coloque o açúcar e leve ao fogo médio sem mexer até caramelar. Retire do fogo e junte a água. Leve novamente ao fogo para que dissolva o caramelo e forme uma calda. Despeje esta calda no fundo da forma.
  3. Disponha as metades dos figos com a parte cortada para baixo, encostando no caramelo. Reserve.
  4. Para a massa misture a manteiga com o açúcar mexendo bem. Junte o ovo, o sal, o iogurte, fermento e o trigo. Incorpore bem os ingredientes da massa usando uma colher de pau ou batedeira.
  5. Sobre as metades dos figos coloque a massa cuidando para cobrir as frutas.
  6. Leve ao forno médio pré-aquecido até dourar e passar no teste do palito. Espere amornar para desenformar, mas não deixe esfriar completamente pois o caramelo pode endurecer muito e a torta pode se quebrar.

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Obstkuchen ou uma torta de morango

20 dez

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Essa receita de torta é uma delícia e super fácil e rápida, perfeita para aquelas horas que em dá vontade de fazer uma sobremesa ou um agradinho para o lanche mas o tempo é escasso.

Obst é fruta em alemão, a massa é perfeita para levar uma camada de frutas!  Receita de uma amiga alemã da minha mãe. Figurinha fácil aqui em casa e até aqui no blog…mas o que é bom a gente repete e divide, não é?

Os morangos ficam ótimos na cobertura pois são doces e ao mesmo tempo tem um sabor meio ácido…o contraste com a massa é delicioso.

Fiz da última vez numa tarde cinzenta que pedia um colorido lindo desses para alegrar nosso espírito…

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Obstkuchen

(xícara medidora 240ml)

(serve tranquilamente 6 pessoas famintas)

Massa:

125g de manteiga sem sal (em temperatura ambiente)

1 xícara de açúcar refinado (ou açúcar cristal passado no liquidificador)

uma pitadinha de sal

1 colher (chá) de fermento para bolo

2 xícaras de farinha de trigo

zest de limão ou laranja (ou uma colher de café de rum)

Num bowl misture muito bem a manteiga com o açúcar até ficar um creme. Acrescente o fermento, trigo e o sal. Por último o zest de limão.

Forre uma forma de fundo falso, fundo e laterais, com a massa e leve ao forno médio até dourar, uns 20 minutos aproximadamente.

Retire do forno e deixe esfriar. Reserve.

Recheio:

2 gemas

1 lata de leite condensado

1 1/2 lata de leite

1 colher (sobremesa) de amido de milho dissolvido no leite

1/2 colher (chá) de essência de baunilha

Leve ao fogo (baixo a médio) numa panela todos os ingredientes já misturados.  Deixe engrossar sem grudar no fundo da panela. Coloque sobre a torta já assada e fria.

Cobertura:

morangos limpos e cortados ao meio na altura

Sobre o recheio da torta arrume os morangos deitados. Sirva imediatamente.

Obs: se quiser faça um creme com suco de 3 laranjas e um pouco de amido de milho, engrossado no fogo. Jogue sobre as frutas já arrumadas na torta. Duram mais e não ficam escuras. Eu prefiro sem.

Strudel de Amora Preta

9 nov

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Outra delícia que não resisti enquanto procurava receitas para fazer usando a amora colhida na casa dos meus pais…a lista é grande…

Assim que vi a foto tive certeza de que seria aprovada…já fizemos duas vezes na mesma semana…será que gostamos?

A receita original usa framboesas, mas substitui por amoras pretas (blackberries) pois temos uma fartura delas por aqui. E são muito mais saborosas usadas ainda frescas, então anotem e corram para testar!

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Duas palavras antes da receita: geléia consistente e crème fraiche.  Deixem-me explicar… O recheio leva geléia. Da primeira vez usei uma calda que fiz com amoras, açúcar e um tantinho de água. Vazou bastante…daí na segunda vez resolvi substituir por uma geléia bem durinha que minha mãe havia feito, só com as amoras e açúcar numa panela no fogão até dar ponto. Muito melhor, quase não vazou. Assim fica mais bonito e gostoso!

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Ah, o crème fraiche…esse é um capítulo à parte… há tempos venho procurando sem sucesso esse creme para usar em receitas “gringas”. Nunca achei por aqui…É um creme mais espesso que o creme de leite mas um pouco mais ácido, ligeiramente envelhecido, o que lhe confere um sabor e textura diferentes. Usado sobre frutas ou doces mais açucarados dá um contraponto ao açúcar! O sabor é um pouco menos forte do que o “sour cream”.  A receita é fácil e dá certo. Adoramos!

Strudel de Amora Preta (Blackberry Strudel)

adaptado de bunsinmyoven.com (Raspberry Coffee Cake) e de sweetannas.com

xícara 240ml

Ingredientes:

2 xícaras de farinha de trigo

1 colher (chá) de fermento para bolo

1/2 colher (chá) de sal

1/2 xícara de manteiga gelada em cubinhos

85g de cream cheese bem gelado

1/2 xícara de leite (ou um pouco menos dependendo de onde você mora)

1 xícara de geléia de amora (bem consistente)

1/2 xícara de açúcar de confeiteiro

1 colher (sopa) de leite

1/4 colher (chá) de extrato de amêndoas ou baunilha

Modo de fazer:

Pré-aqueça o forno a 220ºC. Num bowl médio misture o trigo, fermento e o sal.  Junte a manteiga em cubinhos e o cream cheese. Com um pastry cutter ou um garfo vá misturando os ingredientes até que a mistura pareça migalhas grandes.

Aos poucos junte o leite, 1/4 da xícara, sobre a mistura de trigo e manteiga e vá amassando com o garfo até que fique homogênea. Pode ser necessário ou não usar o leite todo (a 1/2 xícara da receita).  O ponto certo é quando a massa não gruda nos dedos.

Leve a uma superfície levemente enfarinhada e misture com as pontas dos dedos 4-5 vezes até que forme uma bola.  Abra a massa com um rolo de macarrão num retângulo de 30cm x 24cm e cuidadosamente coloque sobre uma forma forrada com papel manteiga.  Eu enrolei a massa no rolo e com cuidado desenrolei sobre a forma forrada com o papel manteiga.

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Com o lado não afiado de uma faca faça três colunas no sentido vertical, do lado mais fino.  Não é para cortar, só faça uma marca guia.  Na coluna do meio espalhe a geléia. Faça cortes diagonais como franjas nas duas colunas exteriores.  Vá dobrando as franjas como se fosse uma trança sobre a geléia. (A autora do blog sugere pincelar eggwash ou creme sobre o strudel antes de ir ao forno para dourar mais. Eu não fiz, é opcional!)

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Asse por 12-15 minutos, dependendo do seu forno, ou até que esteja dourado o strudel.

Enquanto o strudel esfria, já fora do forno, faça a cobertura.  Num bowl pequeno misture o açúcar de confeiteiro, o leite e o extrato escolhido.  Com cuidado vá derramando sobre o strudel.  Corte e sirva com uma xícara de café bem forte!!! Nós servimos com um pouco mais de geléia e crème fraiche! Nota 10 para a receita, já virou favorita!

O melhor de tudo é que parece algo bem difícil de fazer e não é mesmo! A massa fica pronta rapidinho, o mais demorado é o tempo do forno! E é tão linda e chique, não?

Pode ser congelada já pronta. Retire do congelador e leve ao forno a 180ºC por alguns minutos para esquentar.

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Crème Fraiche

Coloque num vidro grande, bem lavado e esterilizado, 3/4 de creme de leite fresco e preencha o resto (1/4) com iogurte natural.  Deixe por 12/24h fora da geladeira até que vire o crème fraiche e refrigere até a hora de usar!  Simples assim. (receita daqui)

Eu usei um vidro vazio de picles de pepinos. Deu super certo.

Alguns outros usos para o Crème Fraiche:

  • coloque no purê ou gratinado de batatas;
  • misture com ervas frescas picadas para fazer um patê;
  • junte ao molho de salada para que fique mais espesso e com um sabor mais ácido;
  • coloque colheradas na sopa na hora de servir, fica com uma textura aveludada;
  • mais sugestões aqui.

Torta de amora preta (blackberry)

13 dez

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Mais uma deliciosa receita para aproveitar as lindas e suculentas amoras (blackberries) da casa da minha mãe. Temos que ser rápidas, elas amadurecem e logo os insetos atacam, daí não servem mais para o consumo humano. Desta vez colhi com muito cuidado, somente as que estavam intactas, bem maduras e ainda assim colhi quase dois quilos!

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Resolvi fazer um pouco de geléia com limão siciliano e também sorvete (mas esqueci de fotografar, ficou de um roxo maravilhoso!) e um tantinho que restou fiz esta torta. 

Esta receita está no caderno da minha mãe há um tempão, não tem a fonte… É super fácil de fazer. O segredo é a fruta que será a rainha da torta, tem que estar no auge da estação e segurar bem um tempo de forno.

Simples assim. Gosto da receita pois a massa não é massuda, fica um equilíbrio bom entre a quantidade de massa e a fruta. Ainda mais quando é uma fruta carnuda como essa amora…

Esta receita já apareceu por aqui, mas como é fácil, gostosa e muito versátil, apresento agora com outra fruta!

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Torta de Amora Preta

125g de manteiga sem sal em temperatura ambiente

125g de açúcar

2 ovos em temperatura ambiente

250g de trigo

1 pitada de sal

1 colher (chá) de fermento em pó (para bolo)

zest (casca ralada) de 1 limão ou 1 colher (sopa) de rum

amoras pretas frescas lavadas e secas

açúcar baunilhado ou de confeiteiro

Modo de fazer:

Num bowl misture todos os ingredientes, menos as frutas,  mexendo com uma colher de pau para incorporar bem.

Forre o fundo de uma forma de 25cm de fundo falso, não precisa untar. Por cima da massa arrume as frutas inteiras se forem pequenas como amoras, cerejas, uvas Isabel, morangos, framboesas etc…

Deixe dourar nas bordas em forno médio/baixo. Assim que retirar do forno polvilhe açúcar de baunilha ou de confeiteiro sobre a fruta. Espere esfriar e desenforme com cuidado.

Melhor consumir em no máximo dois dias pois a fruta pode deixar a massa úmida.

Torta de banana da nona

11 nov

Torta de Banana da Nona

Minha mãe me passou um recorte de jornal com esta receita e o que me intrigou foi o fato de levar gengibre e pimenta no recheio…fiquei com água na boca para testar.

Fiz duas vezes, na primeira achei que o recheio poderia ter um pouco mais das especiarias e não gostei muito da massa. Mas como era a primeira vez que fazia segui a receita. Já na segunda vez resolvi usar esta receita de massa que me agrada sempre e aumentei a quantidade de gengibre e pimenta. Resultado:  abusei e ficou forte demais!

Então, na minha opinião outra massa vale mais a pena, mas é melhor usar as quantidades de gengibre e pimenta que a receita dá…ou então pode acabar com a boca ardendo…

Sua receita favorita de torta ou esta aqui (que acho muito saborosa), só diminuí a quantidade de manteiga de 120g para 100g.

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Vale  a pena, a combinação do recheio é genial e inusitada! A receita é do Edu Guedes. Segue como ele deu, mas eu prefiro outra massa.

Não vou nem falar nada da falta de posts…não quero cair no lugar comum, mas tá complicado arrumar tempo… de qualquer forma não vou abandonar vocês, mesmo que seja em visitas esporádicas…! Um beijo!

Torta de Banana da Nona

Ingredientes:

Massa
1 ½ xícara de farinha
2 colheres de sopa de açúcar
1 pitada de sal
½ xícara de manteiga
1 gema
1 colher de sopa de água
Recheio
4 bananas nanicas maduras
1 colher de café de canela
1 colher de café de pimenta dedo de moça picada sem semente
1 colher de sobremesa de gengibre picado
1 colher de sobremesa de açúcar

Modo de preparo:

Massa
Misturar a farinha, o açúcar e o sal num pote. Acrescentar a manteiga na temperatura.
Quando a manteiga estiver incorporada, adicionar a gema e a água e deixar a massa homogênea.
Não mexer muito.
Descansar 15 minutos na geladeira.
Abrir a massa, colocar em uma forma, colocar o recheio e fechar nas bordas.

Obs: usei uma forma pequena que tenho, de uns 20cm, o melhor é se tiver fundo falso.
Recheio
Cortar a banana em rodelas.
Misturar o gengibre, a canela, a pimenta e no fim o açúcar.
Colocar sobre a massa e fechar a mesma nas bordas.
Assar em forno baixo até dourar.

Torta de amora

28 set

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Dois quilos de amora colhidos no condomínio onde moram meus pais…que dúvida, o que fazer com elas????

Dividimos, minha mãe fez calda para manjar  ou sorvete e geléia, eu fiz torta e geléia.  E ainda tem mais para colhermos! Hummmmmmmm!

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A amora brasileira, chamda MORUS CELTIDIFOLIA, mais doce do que a amora preta ou blackberry, que também é muito apreciada por aqui, é velha conhecida nossa.  Quando moramos na praia sempre íamos colher as frutas que acabavam estragando nos pés ou caindo no chão por falta de alguém para apanhar. Na fazenda dos meus avós as amoreiras eram super frondosas e generosas e agora demos a sorte de ter as frutas onde meus pais moram.  Já estou planejando outra visita…

Esta torta não poderia ter ficado mais especial, na hora em que minha mãe disse que as amoras já estavam maduras pensei imediatamente nela, a massa veio daqui e o recheio adaptado do livro “O homem que comeu de tudo”.

Fiz numa torteira quadrada de louça, pois ainda não achei uma forma de torta que sai o fundo do diâmetro que desejo, então não desenformei, mas ficou divina, já que o recheio fica firme.

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Torta de Amora

Para a massa:

1 e 1/4 xícaras de farinha de trigo;

1 colher de chá de sal;

1 colher de chá de açúcar;

120g de manteiga gelada em pedacinhos;

3 colheres de sopa de água gelada (usei só 1)

Preparo da base:

Misture farinha, sal e açúcar. Adicione a manteiga e amasse com a ponta dos dedos até formar uma farofa. Adicione as colheradas de água aos poucos, amassando o suficiente para formar uma bola homogênea. Forre o fundo e as laterais de uma forma de 22cm de diâmetro*, deixando uma borda de 2cm. Aperte a borda com os dedos para formar o acabamento. Reserve na geladeira.

*Usei uma forma quadrada, deu certinho a quantidade da massa.

Açúcar cristal, para polvilhar.

Para o recheio:

4 copos de amora

1 1/2 xícaras de açúcar

2 colheres (sopa) amido de milho

1/2 colher (chá) de sal

2 colheres (sopa) suco de limão

Misture tudo (o limão somente na hora de rechear a torta) e recheie a torta ainda crua. Cubra a torta com o outro pedaço da massa. Use um garfo para fixar bem as partes da massa.  Faça alguns cortes na cobertura para o vapor sair ou como eu, use cortadores de cookies pequenos para fazer desenhos.

Polvilhe açúcar cristal e leve ao forno médio até dourar.

Espere a torta amornar para cortar.

Quiche de tomates e cebolas com gostinho francês…

26 ago

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Esta quiche foi inspirada num telefonema da minha irmã mais nova, Maria Rosa, ela e o marido são vegetarianos e ela havia feito esta receita para o jantar… Da França para o Brasil, fiquei com água na boca e resolvi fazer para nós também, simples, saborosa e muito fácil!

Esse verdinho decorando é tomilho-limão, uma erva muito perfumada e saborosa, nativa do mediterrâneo, que agora também habita minha horta! Tenho o tomilho-limão e aquele tipo mais comum, mas há vários tipos, leia mais aqui!

Essa quiche pode ser servida ainda morna ou fria, dependendo da sua vontade e tempo! Para levar a um almoço ou piquenique, fica deliciosa com uma salada de folhas e um grelhado!

A receita da massa é a que minha mãe nos ensinou e a base do recheio também, o que mudam são os ingredientes do recheio. Eu não uso creme de leite pois acho que o iogurte deixa a quiche mais leve.

Quiche de tomates e cebolas

Massa: 180g de manteiga em temperatura ambiente,, 1 colher (chá) de sal,  1 colher (sopa) de água gelada e aproximadamente 2 xícaras de trigo (pode ser que precise um pouco mais)

Misture os ingredientes com as mãos até que esteja uma massa homogênea. Pode ser feita no processador colocando-se os ingredientes e pulsando até que estejam bem misturados.  Forre os fundos e as laterais de uma forma de fundo falso de 25cm.  Com um garfo faça furinhos na massa e leve para pré-assar até que comece a dourar, a massa deve estar firme. Lembre-se que ainda vai assar com o recheio então não deixe dourar muito.

Recheio: 4 tomates grandes italianos bem maduros sem sementes e cortados no comprimento, 3 cebolas médias em rodelas, 3 ovos grandes inteiros, 4 colheres bem cheias de parmesão ralado, sal, 200ml de iogurte natural e páprica doce para decorar (ou coloral)

Bata as claras em neve e reserve. Misture numa outra tigela as gemas, iogurte, sal, os tomates e as cebolas. Junte esta mistura às claras em neve, mexendo delicadamente. Coloque sobre a massa pré-assada, polvilhe a páprica  e leve novamente ao forno para dourar.

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Espere amornar um pouco, desenforme com cuidado para não quebrar as laterais.  Eu uso a estratégia de colocar a forma sobre um vidro para que as laterais saiam mais facilmente. Assim como na foto. A base da forma fica intacta com a quiche.

Eu não tinha outro queijo  então usei parmesão ralado, mas essa quiche fica deliciosa com queijo fontina, provolone ou mesmo muçarela em pedacinhos no recheio.

Guarde na geladeira em recipiente fechado.