Arquivo | maio, 2009

Cheesecake com compota de Kinkan

31 maio

Cheesecake com Compota de Kinkan2 

Conheci o Cheesecake e me apaixonei perdidamente…foi um caso de amor à primeira garfada…e olha que faz tempo…, quando fiz intercâmbio nos Estados Unidos.

Lá experimentei vários tipos diferentes de Cheesecake: puros, com chocolate, assados, no bake (sem assar) dentre outros.  Por vários anos tentei reproduzir o sabor que os de lá tinham, pedi até a minha avó hospedeira (mãe da minha mãe americana, é assim que chamamos quem nos hospeda) para me mandar a receita do maravilhoso Cheesecake dela.  A resposta:” Você compra a caixinha da marca tal, mistura com ovos e leite e assa.” Então tá, né?  Até parece que aqui o negócio é assim!

Eu sou bem chata com esse negócio de fazer bolo de caixinha, purê de batatas em pó, etc…gosto de fazer o tradicional, ovos, açúcar, manteiga, eles chamam “to bake from scratch”, isto é, fazer a receita do “zero”.  Acho que fica mais saboroso e tenho mais controle sobre os ingredientes. O problema é que o tal do Cheesecake de lá ficava maravilhoso e era de caixinha…mordi minha língua!

Tentei várias receitas e não deu jeito, então desenvolvi uma para vender que não vai ao fogo e que ficou sendo minha preferida.  Tá bom, mas ainda não era igual…

Aí um belo dia estava eu navegando e achei esta receita no blog da Marcinha.  Gente, é “o” Cheesecake!  Marcinha, muito obrigada mesmo por dividir esse tesouro!!!

Fiz algumas adaptações, a receita original está aqui, e coloquei por cima uma compota de Kinkans…de comer ajoelhada!!!

Segue a receita com minhas observações em itálico:

Baked Cheesecake

Base:

10 biscoitos digestivos (Maria ou Maizena servem também) (usei um pacote de biscoito Maizena)
6 biscoitos de gengibre (não usei)
85g de manteiga derretida (usei 3 colheres sopa)

Triture os biscoitos num processador até formar uma fina farinha. Misture a manteiga derretida e processe por poucos segundos, só para misturar. Forre o fundo da forma com essa mistura, alisando levemente com as costas de uma colher, até cobrir todo fundo. Leve ao forno e asse por 15 minutos. Retire e deixe esfriar por pelo menos 5 minutos.

Recheio:

600g de cream cheese

150 ml creme de leite (usei uma lata  – pois não tinha o fresco)

140g açúcar (6 colheres de sopa)

3 ovos grandes (usei caipiras)

1 colher (chá) de baunilha ou zest de limão (usei baunilha)

Bata na batedeira todos os ingredientes do recheio e cubra a massa de biscoitos já pré-assada e fria. Leve ao forno médio por uma hora ou até que esteja firme ao toque o centro do Cheesecake. Esfrie e leve à geladeira por uma hora ou até a hora de servir. Da próxima vez farei a receita dobrada, achei que minha forma é muito grande e ficou baixinho…gostamos de muito recheio!

Compota de Kinkan (receita da Revista Claudia Comida & Bebida): na hora em que vi esta compota me deu um treco! Corri a comprar as laranjinhas Kinkan (que adoro!!!) e juntei ao Cheesecake da Marcinha.

800g Kinkan (usei 1k) lavadas, 4 xícaras de açúcar e 2 xícaras de água

Numa panela com bastante água ferva as laranjinhas. Escorra e repita a operação por mais duas vezes. Leve as laranjas de volta ao fogo e acrescente a água e o açúcar até ferver.  Deixei apurar a calda um pouco e acrescentei cravo (uns 8 cravos inteiros).  Leve à geladeira em recipiente hermético.

Veja mais sobre Kinkan aqui.

Sobrecoxas de frango com echalotes caramelizadas

28 maio

Sobrecoxas de frango com echalotes caramelizadas

Imagino que se morássemos perto dos meus pais teríamos sérios problemas com a balança….mas ao mesmo tempo seríamos muito mais saudáveis, já que várias delícias que eles plantam organicamente e ecologicamente vêm passear na minha cozinha!

Ganhei essas echalotes da minha mãe, são cebolas miúdas e mais finas que as normais, como se fossem pérolas alongadas, a casca é mais escura e a cor parece a da cebola roxa, mas seu sabor é completamente diverso. Pena que não se acha fácil por aqui…já andei procurando e não tive sucesso…parece que numa loja gourmet em SP pode-se achar, mas não fui pesquisar por lá…

São mais suaves e muito menos ardidas no descascar também. Minha irmã mais nova trouxe da França ano passado (ela mora lá e vive trazendo sementes e bulbos diversos para as experiências da mamma) e essa foi a primeira colheita. Não eram muitas e a colheita não rendeu ramas de echalote, ou chalotas, mas ganhei um saquinho delas e demorei meses, literalmente para fazer a receita….fiquei pensando e pensando até que um dia deu um estalo e voilá, a foto traduz a delícia.

Leia mais sobre as chalotas aqui, aqui e aqui.

Nada de mais no preparo do frango, mas o resultado me deixou muito feliz!

A receita – Sobrecoxas de frango com echalotes caramelizadas:

8 sobrecoxas médias de frango (lavadas e sem pele) marinadas durante a noite em uma colher de sobremesa de Chimichurri,* dois dentes de alho picado e sal.  Deixe na geladeira dentro de um saco plástico fechado dentro de um tupperware fechado. (Odeio o cheiro de carne marinando na geladeira toda…)

Na hora de preparar aqueça uma panela de ferro com pouco azeite (só para não grudar muito) e frite as sobrecoxas até que comecem a dourar.  Nessa hora coloque uma colher de chá de açúcar no fundo da panela e um dedinho de água.  Isso vai deixar a carne do frango mais dourada, deixe em fogo médio e vá cozinhando o frango até achar que está macio.  Prove o sal e retire tudo da panela – sobrecoxas e caldo que se formou.  Reserve.

Você pode ter que fritar em duas vezes se a panela não for grande o suficiente, não coloque as sobrecoxas umas sobre as outras, devem todas estar em contato com o fundo da panela para dourarem por igual.

Coloque uma colher de sopa ou duas de açúcar mascavo na panela ainda no fogo médio e deixe dissolver.  Não é para queimar.  Acrescente um pouco de azeite e coloque as echalotes para dourarem.  Mexa com cuidado e vá envolvendo as echalotes na mistura de açúcar para que fiquem caramelizadas.

Quando estiverem douradinhas recoloque as sobrecoxas e tampe a panela.  Desligue e deixe fechado por uns 3 minutos. Sirva imediatamente com arroz fresquinho e salada verde!

* O Chimichurri é um tempero muito utilizado na cozinha Argentina. Ganhei este frasco da minha irmã (não a da França, a do meio) que acabou de visitar Buenos Aires e já foi com a incumbência de trazer alguma delícia gastronômica de lá para mim.  O tempero é muito saboroso, pode ser usado para deixar as carnes marinando, para molhar as carnes durante o cozimento ou churrasco ou ainda temperá-las depois de prontas. Não usei muito pois leva pimenta e meu pequeno não é fã. Leia mais aqui.

Muitos cereais no pão – Breadbaking Day #20

27 maio

Bread Baking Day logo 

bbday blog

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fazer pães é uma paixão…essa história de amor não começou há muito tempo…como minha mãe é uma padeira de primeira linha só quando fui morar fora de casa é que comecei a me aventurar na arte.

Acredito que fazer pães é uma arte, não é só seguir as receitas e pronto.  Se não há amor que passe das suas mãos para a massa no ato de sovar o pão (ou mesmo na hora de misturar os ingredientes, já que muitas vezes a panificadora faz o trabalho pesado) ou de moldá-lo para crescer e assar, não adianta, não vai ficar bom.  Para mim não é um ato mecânico, fico tentando sentir antecipadamente aquele perfume maravilhoso que vai invadindo a casa enquanto o pão está no forno, a textura da casca e os sabores que vão nos alegrar.

Encontrei no Kochtopf um outro apaixonado por pães e que está sempre pronto a aprender novas receitas e dividir seus conhecimentos.  No ano passado já participei de um evento que ele hospedou sobre pães e não pude deixar de fazê-lo novamente agora.  Agora me dei conta de que é um evento mensal e que desta vez está sendo hospedado pela Rachel do Tangerine´s Kitchen.

O tema do mês é Pães de múltiplos cereais, que são pães feitos com mais de um tipo de grão, algumas vezes até uma dezena deles. Pode-se usar: espelta, centeio, cevada, milho, aveia, painço, amaranto entre outros, além de sementes e outros ingredientes que enriqueçam a massa e dêem uma textura especial.

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Para participar:

Faça um pão com o maior número de grãos possível, o tamanho e formato do pão não importam.  Poste no seu blog até 1º de Junho de 2009.  Caso não tenha um blog em língua inglesa coloque uma tradução no post ou mande a tradução para o email abaixo.  Se não tiver um blog mande os detalhes necessários que a hospedeira do evento se encarrega de postar na listagem final.

Assim que postar a receita com foto no blog, mande um email para tangerineskitchen@gmail.com com os seguintes dados:

  1. Assunto: BBD#20
  2. seu nome
  3. localização
  4. nome da receita e URL do post
  5. nome do seu blog e URL
  6. uma foto do pão (250px)

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A receita que escolhi me conquistou logo que bati os olhos, achei que ficaria bom, mas me surpreendi, o pão ficou muito saboroso, muito bom mesmo!

Fiz meia receita, a original dá 3 pães…a minha rendeu um grande e outro médio, como se vê na foto.

Adaptei ligeiramente daqui:

Susan’s Honey Bran Whole Wheat Bread

Meia receita

  • 3 xícaras trigo branco
  • 1/2 xícara de farelo de aveia
  • 1/2 xícara de farelo de trigo
  • 3/4 colher (sopa) de fermento seco para pão
  • 1 colher (sopa) manteiga
  • 1/6 xícara de mel
  • 2 1/2 xícaras de leite morno (usei só 2 xícaras)
  • 2 xícaras de trigo integral (usei Centeio)
  • 1 colher (sopa) de sal

Numa tigela grande misture: farinha branca, farelo de aveia, farelo de trigo e o fermento. Faça um buraco no centro e despeje a manteiga derretida, o mel e o leite.  Misture bem e mexendo vigorosamente vá acrescentando o centeio (uma xícara por vez), até que a massa fique macia, só um pouco grudenta.  Pode levar alguns minutos.

Despeje esta massa numa superfície enfarinhada e sove por 6 a 7 minutos, acrescentando mais trigo para que a massa não grude nas mãos ou na mesa de trabalho.

Vire a tigela em cima da massa e deixe descansar por 20 minutos – período chamado de autolyse.

Remova a tigela, amasse a massa com as mãos e despeje metade do sal.  Vá incorporando o sal na massa (confesso que achei meio estranho mas no final deu certo).  Após alguns momentos jogue o resto do sal e sove por mais 7 minutos – até que todo o sal esteja incorporado e a massa esteja macia.

Coloque a massa numa tigela em que consiga claramente ver quando dobrou de tamanho (ela sugere uma vasilha plástica com tampa e diz para fazer uma marca onde deverá ser o volume aumentado). Eu coloquei numa tigela de vidro com filme plástico em cima. Leve a um local em que a temperatura esteja próxima de 26ºC.  Liguei o forno, deixei um pouco aceso e depois desliguei. Coloquei lá dentro com a luz interna ligada até crescer.

Quando já tiver crescido leve a uma superfície enfarinhada e gentilmente vá amassando com as mãos para retirar o ar de dentro da massa. Divida a massa em três partes iguais – a minha dividi em uma maior e outra menor.

Dê a forma que quiser e polvilhe trigo em cima após colocar em formas untadas com manteiga. Eu passei as mãos molhadas no topo do pão, rolei num pratinho com sementes de gergelim e de girassol e depois sobre o trigo. Fiz as incisões na massa e deixei crescer novamente no forno médio por uma hora – cobri com um pano de prato limpo.

Se tiver uma pedra para assar (baking stone) coloque para esquentar no forno uma hora antes de assar, exatamente na hora da segunda crescida da massa.

Asse em forno médio por 40-50 minutos ou até que estejam dourados e que ao bater com os nós dos dedos no fundo do pão ouça um som oco.  Remova imediatamente das formas e deixe esfriar numa grade.  Espere pelo menos 40 minutos para comer – o pão continua a assar mesmo fora do forno. Guarde em temperatura ambiente em sacos de papel (tipo aqueles de supermercado ou padaria) ou congele.

Parece muito trabalho, mas fiquei tão feliz quando tirei meus pães do forno, lindos!!!!

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To bake breads is a passion to me, this love story did not start too long ago…as mom is a great baker only when I moved out of the house I started to get down to business.

I believe that baking bread is an art, not only following recipes. If there is no love from your hands to the dough while kneading (or even when putting ingredientes together for some times the breadmachine does the hard work) or shapping the loaves to proof and bake, it doesn´t matter, it won´t come out good. To me is not a mechanical thing, I try to antecipate the smell while the bread is in the oven, the crust texture and the flavors that are about to make our day.

I found at Kochtopf another bread lover which is always fond to learn new recipes and share the knowledge. Last year I participate in World Bread Day and here I go again. Just now I realized that is a monthly even and this time is hosted by Rachel at Tangerine´s Kitchen.

This month theme is Multigrain Breads, which are breads made of more than one grain, even a dozen types. They are supposed to enrich the flavor and texture.

English Recipe click here

Sunomono

26 maio

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Algumas comidas me intrigam pelo seu sabor…fico comendo em slow motion e tentando imaginar como é que são feitas…

A simplicidade me atrai muito, muitas, mas muitas vezes mesmo acredito que “menos é mais”.  Aí a felicidade é completa quando acho explicações para minhas questões gastronômicas do tipo: como é que se faz Sunomono…

Conhece? É um prato japonês é quer dizer “coisas de vinagre”. Nos restaurantes japoneses é servido como entrada ou acompanhado de Bifum ou frutos do mar ou vegetais, ou ainda uma combinação das duas coisas.  A primeira vez que experimentei veio com Kani Kama. A Marisa do blog Delícia ensina que os acompanhamentos do Sunomono devem estar gelados e que as combinações são infinitas, até as frutas entram na dança.

Mas foi a Claudia que trouxe o sol para minhas dúvidas sobre como fazer essa delícia! Ela explica os molhos que podem acompanhar o pepino para fazer a salada e ainda dá outras dicas.

A receita é da Claudia, fiz assim:

Fatie um pepino japonês com casca (se tiver mandolin use) (achei que não rendeu muito, pois não misturei mais nada…da próxima vez usarei dois..) e coloque numa peneira. Tempere com sal e deixe sorar por 15 minutos, esse processo irá retirar o excesso de água do pepino.

Depois dos 15 minutos, lave os pepinos e reserve.

Para o molho Amazu:

4 colheres de sopa de vinagre de arroz
2 colheres de sopa de açúcar
2 colheres de sopa de água
1 colher de chá de sal

Coloque os ingredientes numa panelinha e leve ao fogo médio até que o sal e o açúcar tenham derretido totalmente, sem deixar ferver para não caramelar. Retire do fogo e deixe esfriar.

Como eu não misturei mais nada ao pepino, coloquei num vidro esterilizado(fervido por 15 minutos, ferva a tampa também) e cobri com o molhinho Amazu.  Levei à geladeira e consumi no dia seguinte salpicado de gergelim . Fica uma delícia!!!!  

Suspiros por você…

22 maio

Suspiro por você...

Não tem coisa que me deixa mais triste do que não aproveitar comida…ou algum ingrediente que no futuro poderia virar alimento…

Como uso muitas gemas para pincelar tortas as claras acabavam ficando em mil vidrinhos na geladeira e eu sem saber o que fazer com elas…agora minha irmã me pede para congelar e quando atinge uma certa quantidade ela faz Pudim de Claras…vou postar aqui mais para frente, assim que ela fizer.

Mas antes de mandar as claras para a mana fiquei pensando no que fazer…mousse? Mas não estava com vontade aquele dia…souflê? Também não…e aí me lembrei dos suspiros que minha avó fazia para meu avô, formigão da família, que adorava doces e não resistia aos suspiros da nonna! Ele gostava tanto de doces que na sobremesa fazia uma verdadeira mistureba, três ou quatro tipos no mesmo prato, tudo ao mesmo tempo…era uma delícia para qualquer quituteira! Saudades de você, vô!

Mas então…fui procurar uma receita e me lembrava que havia alguma coisa sobre esquentar as claras…aí me deparei com esta receita da Elise e apesar de não ter adicionado as balinhas Pepermint e os chocolate chips, segui a risca.

Os suspiros ficam uma delícia, crocantes por fora e macios, meio marshmallow por dentro! Maravilha!!!!

A receita original está aqui, e segue a tradução livre:

Peppermint Meringue Cookies

Não são cookies, são suspiros mesmo.  Ela dá algumas dicas:

  1. É mais fácil separar as claras das gemas se os ovos estão gelados, mas para bater em neve as claras devem estar na temperatura ambiente. O que fazer? Separe as claras das gemas pelo menos trinta minutos antes de fazer a receita e reserve para atingirem a temperatura ideal.
  2. Todos os utensílios a serem usados: tigelas, pás da batedeira, etc., devem estar limpos e secos, sem quaisquer resquícios de óleo.
  3. Para melhores resultados evite fazer os suspiros em dias úmidos ou chuvosos.

Ingredientes:

  • 2-3 colheres de sopa de bala Peppermint quebradinhas* (não usei)
  • 3 claras
  • pitadinha de sal
  • 1 xícara de açúcar (se tiver de confeiteiro é melhor)
  • 1 colher (chá) de vinagre branco
  • 1/3 xícara de chocolate chips (opcional, eu não usei)
  • raspas de meio limão (me atrevi a adicionar e ficou uma delícia)

* Para quebrar as balinhas coloque em saquinhos ziplock e use um martelo de carne ou martelo comum (com cuidado) até que virem pó.

Modo de fazer:

  • Pré-aqueça o forno a 150ºC.
  • Coloque as claras na tigela da batedeira e acrescente a pitada de sal.  Ligue em velocidade baixa e aos poucos vá aumentando até que comece a formar picos, aproximadamente 2 a 3 minutos. Deve fazer bolhas pequenas e uniformes.
  • Aumente a velocidade para alta e devagar junte o açúcar, um pouco (1-2 colheres chá) de cada vez. Continue batendo por alguns minutos e junte o vinagre. Aumente a velocidade para o máximo e bata as claras até que fiquem brilhantes e picos duros se formem ao levantar as pás da batedeira, mais ou menos 4 a 5 minutos.
  • Use uma espátula para misturar o “pó” da bala Pepermint e os chocolate chips se for usar. Cubra as assadeiras com papel vegetal (não é papel manteiga – dica da Fer) ou Silpat. Use uma colher para fazer os montinhos de suspiros ou bico de confeiteiro (usei um saco grosso cortado na ponta) para fazer os suspiros – deixe um espacinho entre eles.
  • Coloque as formas no forno a 150ºC, feche a porta.  Conte um minuto e desligue o forno.  Não abra o forno por 3 horas. Pode deixar que fiquem a noite toda. Os suspiros irão assar no calor residual do forno. 
  • Quando estiverem prontos estarão levemente crocantes por fora e aerados por dentro.  Se ainda estiverem moles após as 3 horas, deixe secarem mais algumas horas.
  • Eu tive que acender o forno novamente e deixar os suspiros por 5 minutos na temperatura 150ºC, depois desliguei e deixei por umas 2 horas mais.  Achei que as raspas de limão deram um toque bem interessante e quebraram um pouco do doce do açúcar.
  • Guarde em pote hermético.

Gelado de Papaia com Cassis

21 maio

Gelado de Papaia com Cassis

Houve um tempo em que essa sobremesa era o hit nos restaurantes, novidade pela mistura inusitada chegou até a virar picolé que não existe mais…ainda há o sorvete em escala industrial mas é meio caro…

Como sou forte apreciadora de Papaia e de Cassis, mais ainda do casamento dos dois, resolvi matar a vontade e fazer o gelado em casa.  Lembro-me que a mistura leva sorvete de creme, polpa de papaia e licor de Cassis.  O gelado ficou uma delícia e não perde em nada para o comprado, aliás, fica até melhor, para nosso paladar aqui de casa.  Vá lá, experimente, se não tiver sorveteira use o método tradicional: coloque numa tigela no freezer, tire algumas vezes  bata na batedeira, leve novamente ao freezer e sirva! 

O marido está empolgado que só com as minhas incursões no mundo dos gelados, ele ouve o barulho da sorveteira, chega na cozinha com os olhinhos brilhando e pergunta:"hummmmmm, sorvete de que?” Adoro proporcionar esses carinhos gastronômicos!

Fiz assim: com o mixer misturei 400ml de polpa de papaia maduro (tire as sementes e com colher vá tirando a polpa do mamão), 2 1/2 colheres (sopa) açúcar, 200ml de iogurte natural e 100ml de creme de leite. No final acrescentei o Créme de Cassis, uma bebida alcóolica deliciosa, parecida com licor.  O álcool deixa o sorvete mais cremoso, não fica com aqueles cristais de gelo. 

Liguei a sorveteira e despejei essa mistura, deixei batendo 30 minutos e depois levei ao freezer por 1 hora.  Pronto para servir! Tudo de bom!!!

 

English Muffins

20 maio

 

 

 

English Muffins

Recipe in English

Às vezes encasqueto com um alimento e não descanso até prepará-lo. Com os English Muffins foi assim, um dia estava me lembrando de algumas comidas que experimentei em locais onde estive e o sabor desses pãezinhos logo me veio à boca.  Pronto, agora teria que arrumar uma boa, boa não, uma ótima receita de English Muffins para fazer…e não sosseguei até que o fiz.

Testei duas receitas de fontes bem confiáveis e que respeito na cozinha, o King Arthur Flour e Tachos de Ensaio, e foi deste último a receita que mais me agradou! Marizé, muito obrigada por dividir esta delícia e me permitir novamente viajar no tempo!

A receita é simples e eu não tive dificuldades em executar, arranjei umas latinhas de atum que tirei tampa e fundo e voilá, estavam prontos meus cortadores de muffins!

Ganhei um vidro de Geléia feita pela mammy, com frutas vermelhas colhidas no sítio dela…melhor acompanhamento não há!

Segue a receita da Marizé:

English Muffins

3 xícaras de trigo

1 colher (chá) de fermento para pão (seco, não o fresco)

1/2 xícara de água

1/2 xícara de leite (usei integral)

2 colheres (chá) açúcar

1 colher (chá) sal

1 noz de manteiga (usei uma colher de sopa bem cheia)

Semolina para polvilhar na hora de assar/fritar a seco

 

Dissolva o fermento com o açúcar numa colher (sopa) bem cheia de água morna e reserve.  Aqueça o leite, a água, o sal e a manteiga numa panelinha.  Quando a manteiga derreter apague o fogo e deixe amornar.

Peneire o trigo numa tigela, faça um buraco no meio e jogue os líquidos e o fermento.  Com um garfo comece a misturar o trigo com os líquidos aos poucos.  Após estar tudo bem incorporado, coloque a massa numa bancada enfarinhada e amasse por 5 a 10 minutos, até que a massa fique lisa, enxuta e elástica.

Forme uma bola, coloque novamente na tigela, cubra e deixe crescer em local quente abrigado de corrente de vento até dobrar o volume, aproximadamente 2 horas.

Coloque a massa novamente na bancada enfarinhada e amasse com as palmas das mãos,  abrindo-a até que fique com 0,5cm de espessura.  Use um cortador redondo liso ou um copo e corte os discos de massa (usei a lata de atum sem fundo e tampa).

Polvilhe um tabuleiro com Semolina e coloque os discos de massa, cubra com um pano e deixe crescer novamente pela segunda vez, mais ou menos 45 minutos.

Lique uma boca do fogão, pegue uma chapa ou panela (frigideira) de ferro  bem pesada e coloque alguns discos de massa, deixando-os dourarem.  Depois vire e repita o processo no outro lado.

Fiquei pensando que por dentro os pãezinhos poderiam não assar direito e coloquei o fogo bem baixo, como a panela de ferro permanece bem quente eles cresceram devagar e douraram aos poucos.   Ficou uma delícia, matei a vontade de comer os English Muffins, obrigadíssima Marizé!

Granola à moda da casa

18 maio

Granola

Recipe in English

Adoro iogurte com granola, sinto que é um tipo de refeição que me faz muito bem, alimenta e sei que estamos consumindo alimentos saudáveis.  Melhor ainda se foi feita em casa, não sou fã das Granolas compradas…

Inconscientemente (será?) outro dia no supermercado apanhei um pacote de aveia integral em flocos, uvas passas orgânicas sem caroço e côco ralado não adoçado…já estava esboçada a estrutura da Granola.

Faço assim: misturo numa tigela 1k de aveia integral em flocos, um pacote de 200g de côco ralado não adoçado e 3/4 xícara de mel de Canudo de Pito * (ou outro de sua preferência, mas por favor use mel de verdade….).  Levo ao forno médio num tabuleiro grande untado com manteiga por aproximadamente 45 minutos, até a granola começar a ficar dourada e muito, mas muito perfumada!  Mexo de vez em quando com colher de pau para que doure por igual.

Assim que tiro do forno deixo esfriar uns 5 minutos e acrescento 100g de uva passa orgânica sem caroço e 4 colheres de castanha do Pará picadas grosseiramente (pode ser nozes, castanha de caju, avelã, amendoim torrado, depende do gosto da casa). Misturo bem, deixo esfriar completamente e guardo em vidro bem tampado.

Desta forma dura bastante, ou teoricamente deveria durar, já que em casa o consumo é alto e logo, logo é hora de fazer novamente…!

Esse vidrinho vai para minha irmã, que também é fã!

* O mel de Flor Canudo de Pito é um mel maravilhoso que meus pais trazem de São Joaquim, SC. O mel é de um âmbar inebriante e seu sabor é o melhor para meu gosto. Já ganhou um concurso na Grécia como melhor do mundo!

Buccellato, o bolo de Crisma da Lunigiana

14 maio

Buccellato

Recipe in English

Esse bolo é um dos meus prediletos, simples, muito perfumado e deliciosamente bom! Por mais que tenha pilhas de livros de receitas e vários arquivos de receitas no computador esperando para serem testadas não consigo ficar muito tempo sem assá-lo, simples assim.

É um bolo tradiocionalmente feito nas regiões italianas da Toscana, Emilia-Romana e Ligúria quando uma criança é crismada. Foi “descoberto” pela minha mãe num livro (maravilhoso!!!!) da Marcella Hazan, e sempre que faço como um pedaço pensando na minha mamma, que mora looooonge de mim…mas está dentro do meu coração, desculpem o momento saudade, mas mãe é mãe…

O mais legal é que dá para fazer no processador, sugestão da própria Marcella, ou na batedeira.  Mas se quiser usar a boa e velha colher de pau tudo bem. Vamos para a cozinha:

 

Bolo de crisma da Lunigiana

(Buccellato della Lunigiana)

  • 3 xícaras de trigo e mais para polvilhar a forma
  • 2 1/2 colheres (chá) fermento em pó
  • sal
  • 3 ovos
  • 1 1/2 xícara de açúcar cristal (usei refinado)
  • 8 colheres (sopa) de manteiga (100g) e mais para untar a forma
  • casca ralada de um limão (usei Siciliano)
  • 2 colheres de sopa de suco de limão espremido na hora (usei todo o suco do limão Siciliano que tirei a casquinha)
  • 1 xícara de leite (usei integral)

Rende 8 a 10 porções  – forma de buraco redonda

Modo de fazer:

  1. Acenda o forno a 177ºC.
  2. Numa tigela misture o trigo, fermento e uma pitada de sal.
  3. Quebre os ovos na vasilha do processador de alimentos ou batedeira, acrescente o açúcar e bata até que a mistura adquira uma cor amarelo-pálida.
  4. Ponha a manteiga numa panela pequena e derreta-a em fogo muito baixo, sem deixar ferver. Eu sempre derreto no microndas…preguiça…
  5. Junte os secos (trigo, fermento e sal) à vasilha do processador e ligue até que a mistura fique homogênea.
  6. Junte, no processador, a manteiga derretida, a casca e o suco do limão e ligue.
  7. Ainda com o processador ligado acrescente o leite lentamente, até que esteja incorporado à massa do buccellato.
  8. Unte a forma com manteiga e polvilhe trigo para não grudar, dê algumas pancadinhas contra a bancada para retirar o excesso do trigo.
  9. Despeje a massa e nivele a mesma balançando a forma. 
  10. Leve ao forno médio até dourar e passar no teste do palito.

Observação: na primeira vez em que fiz este bolo não levei muita fé pois antes de acrescentar o leite a mistura fica muito dura, difícil de mexer, e o suco de limão

parece que coagula…bem, mas não desista, faça como eu, vá em frente e será recompensada!

Eu ainda coloco uma caldinha por cima: espremo meio limão e misturo numa tigelinha com uma colher de chá de leite e açúcar de confeiteiro até dar ponto.  Fica uma calda grossa, branquinha.  Jogue sobre o bolo depois que desenformar e estiver frio.  Hummmmm!

É um bolo um pouco mais denso que o bolo feito no liquidificador mas cresce bem. Forma um par perfeito com uma xícara de café ou chá!

 

 

Sorvete de Umbu para adoçar o dia!

12 maio

Umbu

Essa saga de sorvetes vai demorar um pouco a passar…estou absolutamente encantada com a possibilidade de fazer sorvetes em casa, e mais ainda, do sabor que me der na telha! Ainda tem muita coisa pela frente, mesmo que o tempo ande a esfriar, já está querendo começar por aqui, nós não ligamos e adoramos os gelados em qualquer época.

A galinha lindinha da foto ganhei da Sonia Novaes, num encontro de blogueiras em Campinas em 2007.

Desta vez resolvi fazer uma experiência parecida com a que minha mãe fez de outra vez, ela usou Cupuaçu, comprei Polpa de Umbu Integral (3 pacotinhos de 100g cada) e bati no liquidificador com uma lata de creme de leite (395g) em temperatura ambiente e 3/4 do conteúdo de uma lata de leite condensado.  Bati bem uns 3 minutos e liguei a sorveteira.  Despejei a mistura e foi só esperar os 25 minutos para que ficasse pronto.  Levei ao freezer por mais um tempinho, mais ou menos uma hora e servi! 

Gente, que delícia! Nunca comi a fruta in natura, mas o sorvete é tudo de bom! A Neide já postou sobre o Umbu e deu umas receitas muito legais, dê uma passadinha no Come-se.

Para conhecer mais a fruta (fonte Toda Fruta):

  • No Brasil colonial era chamado de ambu, imbu, ombu, corruptelas da palavra tupi-guarani "y-mb-u", que significava "árvore-que-dá-de-beber". Pela importância de suas raízes foi chamada de árvore sagrada do Sertão" por Euclides da Cunha.
  • 100 gramas de polpa do fruto contém: 44 calorias;
  • Sua raiz – Batata, túbera ou xilopódio é sumarenta, de sabor doce, agradável e comestível; sacia a fome do sertanejo na época seca. Também é conhecida pelos nomes de batata-do-umbu, cafofa e cunca; criminosamente é arrancada e transformada em doce – doce-de-cafofa. A água da batata é utilizada em medicina caseira como vermífugo e antidiarréica. Ainda, da raiz seca, extrai-se farinha comestível.
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